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Mostrando postagens de maio, 2013

NHÁ CHICA - A SANTA DO CAMINHO DO COMÉRCIO

José Francisco Mattos e Silva Independentemente da sua religião ou da sua fé, independentemente da minha também, o dia de hoje para todos os nascidos no Sul das Minas Gerais é muito significativo. Quase todos, senão todos, desde os tempos de criança ouvíamos, as vezes  assombrados, as histórias de Nhá Chica. Nhá Chica, que nasceu no arraial do Rio das Mortes, cresceu e viveu em Baependi, nas estradas reais e nos caminhos que construíram o Brasil, o caminho do comércio. Filha de escravos, analfabeta, simples, mulher que abraçou a riqueza do amor. Em sua casa, uma cama, seis bancos, um fogão a lenha, seus objetos, um sombrinha, um terço. Sua roupa, um único vestido. Nhá Chica soube ser gente, atraiu os homens cultos do Império, abraçou os pobres, consolou os famintos, muito mais do que pão, alimentou o povo de sua época com a generosidade ao saber ouvir, aconselhar e nas despedidas nas quais recomendava, com esperanças: "vou falar com minha Sinhá ". Nhá Chica

A MANGUARA DO VIANDANTE

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Marcos Paulo de Souza Miranda O título deste post  talvez soe estranho a muitos, pois “manguara” e “viandante” são palavras pouco utilizadas atualmente, e podem suscitar associações maliciosas descabidas. Mas falamos de expressões que eram muito comuns nos séculos XVIII e XIX, quando o trânsito de pessoas pelos antigos caminhos reais era cotidiano e perigoso. Expliquemo-nos. Viandante é sinônimo de andador, andarilho, caminhante, caminheiro, ou seja, aquele que anda a pé, palavra que aparece no Diccionario da Lingua Portugueza, de Morais e Silva, publicado em Lisboa em  1799. Manguara, por sua vez, nada mais é do que uma vara grande, mais grossa na extremidade inferior, própria para caminhar em terreno difícil ou escorregadio. Ou seja, porrete ou cajado. O mineiro, de Campanha, Francisco de Paula Ferreira de Rezende (1832-1893), em seu livro “Minhas Recordações”, ao tratar do vestuário dos homens de seus tempos de rapaz registra o uso de “chapéu de palha

DESCOBERTAS RUÍNAS DA CAPELA ONDE FOI BATIZADA NHÁ CHICA ÀS MARGENS DO CAMINHO DO COMÉRCIO

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O ARRAIAL DE SANTO ANTÔNIO  DO RIO DAS MORTES PEQUENO FICAVA ÀS MARGENS DO CAMINHO DO COMÉRCIO E LÁ, INCLUSIVE,  FICOU HOSPEDADO SAINT-HILAIRE ------ Alicerces da fé são revelados na capela de Nhá Chica Às vésperas da beatificação, que deve reunir 40 mil católicos em Baependi, voluntários descobrem piso de pedras da capela em São João del-Rei, onde Nhá Chica foi batizada em 1810 Gustavo Werneck Publicação:   01/05/2013 06:00   Atualização:   01/05/2013 07:38 Na semana em que Francisca de Paula de Jesus (1810-1895), a Nhá Chica, será beatificada, em Baependi, no Sul de Minas, onde viveu por oito décadas, o anúncio de uma descoberta surpreende e joga mais luz sobre a história da filha de uma ex-escrava que dedicou seus dias à fé em Deus, humildade e solidariedade humana. De forma inesperada, um grupo encontrou o piso da Capela de Santo Antônio, no distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, em São João del-Rei, Campos das Vertentes, na qual a menina foi batizada